Dois corpos foram encontrados no
início da tarde de quinta-feira (27), em uma área da fazenda Gaúcha, que fica
na região próxima ao Alto da Conquista e bairro Maria Pinheiro, em Itabuna, no
sul da Bahia. Esse mesmo local, considerado de difícil acesso, já foi palco de
outros bárbaros crimes, como o de Marcelo Nunes de Souza, executado e enterrado
nesta mesma região em 2020 e o de Ícaro Vítor, morto em 2018.
A suspeita é de que os corpos sejam do casal de namorados, Leandro Argolo Brito, de 19 anos, morador de Iguaí, e Solene Rosena dos Santos, de 18, moradora de Itabuna.
O casal saiu de Iguaí na quinta-feira da semana
passada (20), e esteve em Itabuna, para visitar a família da jovem, no bairro
Daniel Gomes, de onde seguiriam para Porto Seguro. À noite, Solene e o namorado
solicitaram um veículo por aplicativo para irem para rodoviária, mas
desapareceram após saírem do bairro.
Na última segunda-feira (24), os familiares
começaram a receber, via Whatsapp, imagens dos corpos do casal, enviadas pelos
criminosos. Um parente de Solene disse, inclusive, ter reconhecido uma tatuagem
de uma rosa que a jovem tinha na perna.
Após mais de uma hora de buscas pelo exato local onde estariam os corpos, equipes das polícias Civil e Militar e DPT, conseguiram localizar os cadáveres. Os corpos são, de fato, do casal Leandro e Solene. Um dos detalhes são as roupas, as mesmas que aparecem nas fotos enviadas paras as famílias. Agora, o que se aguarda, é a confirmação oficial pela polícia sobre a identidade das vítimas.
Um fato que chama atenção é o de que os corpos foram encontrados em locais diferentes, um pouco distante um do outro, diferente do que aparece nas imagens enviadas pelos assassinos para as famílias. As vítimas apresentavam sinais de tortura, marcas de tiros e ferimentos causados por armas brancas.
A polícia recebeu informações de que o chefe da
facção criminosa, responsável pela execução do casal, teria ordenado aos seus
“subordinados” que entrassem na mata e desenterrassem os corpos que estavam em
cova rasa. A ordem é que depois eles levassem para um local mais próximo, que
facilitasse a localização pela polícia. E assim foi feito. Essa ordem teria
sido dada após a polícia intensificar as investigações e fechar o cerco contra
o tráfico de drogas na região do Daniel Gomes.
Um trabalhador rural, que não quis se identificar, inclusive, relatou ter visto um grupo de bandidos chegando na quarta-feira (26) à noite no local. Eles retiraram o corpo do rapaz para outro local, mas não conseguiram carregar o corpo da jovem, que estava mais inchado. Por isso, que os cadáveres estavam distantes um do outro.