A APLB/Belmonte
também aproveitou para publicar uma nota de repúdio chamando os professores
para uma manifestação pública contra o ato do “Prefeito da Renovação”, que não
cumpriu o acordo fechado na última reunião realizada no dia 27/06, na Câmara de
Vereadores de Belmonte.
A reunião, que foi
articulada pelos vereadores da base aliada do prefeito, contou com a presença
da APLB/Belmonte, vereadores, secretarias de Educação e de Finanças, além do corpo
jurídico e contábil da Prefeitura de Belmonte.
Após 05 horas de
reunião, naquela data, foi fechado um acordo onde a gestão pagaria os 33,24% do
reajuste do Piso Salarial do Magistério somente em cima do salário base. As
demais verbas remuneratórias de direto dos professores ficariam congeladas até
o final do mês de dezembro. Os professores também aceitaram abrir mão dos seis
meses retroativos.
A secretária de
Finanças, na ocasião, resistiu ao máximo, pois a sua proposta era de apenas 3%
de reajuste, e para isso, os advogados chegaram a alegar que o aumento de
33,24% implicaria na demissão de 228 contratados, fato que, foi rebatido pela
APLB/Belmonte, que deixou claro que as contratações precárias eram de
responsabilidade do prefeito, já que, o gestor sabia que havia esse impasse
salarial em curso e mesmo assim continuou procedendo com as contratações.
Alguns dias após a
reunião, apoiadores da gestão Bebeto Gama começaram a espalhar nas redes
sociais que professores e vereadores de oposição eram os culpados pela demissão
dos 228 contratados, onde as mensagens consideravam que foi orquestrado um
movimento de ganância contra a “Gestão da Renovação”.
Um contratado, que
pediu para não ser identificado, ainda comentou que foi obrigado a postar a
mensagem em sua página no Facebook, já que, “monitores” da Prefeitura de
Belmonte estariam varrendo os perfis nas redes sociais para saber quem estava
contra ou do lado do prefeito.
A versão foi
prontamente desmentida na gravação de uma live da reunião feita pelos
vereadores Thiara Melgaço e Paulinho de Papau, onde aparece claramente que a
intenção de demissão partiu dos advogados da gestão e não dos vereadores e
diretores da APLB/Belmonte.
Nenhum dos vereadores da base
aliada, até o fechamento dessa reportagem, comentou publicamente sobre a
situação, mas há boatos na cidade que alguns estão incomodados e constrangidos
com a atitude do gestor, já que, os mesmos contribuíram ativamente na tentativa
de resolução do impasse.
Os Vereadores de oposição, por sua
vez, já avisaram que vão retaliar a falta de palavra do prefeito e a falta de
respeito com os professores e com o Legislativo. Os mesmos ainda ressaltaram
que vão apelar para o apoio dos vereadores que estão ao lado do prefeito Bebeto
Gama, na busca por uma solução definitiva, já que, o aprendizado dos jovens do
município está sendo prejudicado.
A
APLB/Belmonte, em contato com nossa reportagem, informou que o prefeito Bebeto
Gama e sua esposa e secretária de Finanças, Eunice Gama, não atendem telefones
e nem as mensagens enviadas pelos diretores da entidade.
O sindicato ainda informou que
recebeu a informação de que os advogados de Salvador barraram o acordo fechado,
onde teriam afirmado que o mesmo estava sendo vítima de um “golpe”.