Eunápolis: gestante quase vai a óbito após diretor do Hospital Regional e médico, agirem com descaso e arrogância com paciente

 

Uma grávida de 09 meses, identificada apenas por Marina, passou mal durante a gestação e procurou socorro no Hospital Regional de Eunápolis, e por muito pouco não vai a óbito junto com sua filha.

Familiares e amigos da paciente alegam que ela começou a ter complicações no parto no final do 8º mês de gestação, mas que estavam controlando a situação com as constantes consultas obstétricas realizadas.

Uma amiga da paciente relata que nas últimas semanas de gestação, Marina entrou em uma fase crítica, e precisou ir quase que diariamente ao Hospital Regional em busca de ajuda especializada ou até mesmo do agendamento do parto.

Tal agendamento ocorreu quando a paciente estava passando muito mal, com quadro de fortes dores na região pélvica, vômitos constantes, espasmos e por vezes, perda de sangue.

Porém, no dia da realização do parto, a gestante foi surpreendida com a notícia de que o médico não realizaria o procedimento pois, segundo ele, a paciente não estava “sentindo dor”, mas quando estivesse, que poderia retornar que seria feito.

Indignados com tal situação, amigos da paciente decidiram entrar em contato com a equipe do programa Voz Ativa, da rádio Ativa FM, para formalizar a denúncia.

No dia seguinte, a paciente já estava se contorcendo de dor. Foi quando percebeu que o liquido que estava escorrendo era sangue, e não apenas “agua”, como dito pelo próprio médico.

Deste modo, dirigiu-se a uma unidade de saúde, onde o médico plantonista encaminhou a paciente, em caráter de emergência, para a realização do parto no Hospital Regional.

No entanto, chegando lá, o diretor da unidade, Lúcio França, afirmou que “médicos de postos de saúde não têm como prever se é hora ou não de realizar o parto, pois são apenas clínicos gerais e não sabem como atuar neste caso”.  Mesmo com fortes dores, a paciente foi mandada para casa.

Após denúncias, idas e vindas, gritarias e palavras de ordem, a gestante conseguiu que realizassem seu parto, e a pequena Julia veio ao mundo, através da sensibilidade de uma médica, que não suportou ver aquela situação e manter-se apática.

O programa Voz Ativa procura respostas que expliquem claramente a mudança de comportamento na postura do ex-radialista e vulgo defensor do povo, Anaildo Colônia, que antigamente denunciava, cobrava, tomava suco de pimenta, mas hoje, nomeado na prefeitura e com autonomia para resolver situações conflituosas, simplesmente se cala.

Por Alinne Werneck – jornalista