O bancário Allan Douglas, de 30
anos, fez um alerta nas redes sociais sobre o consumo de cigarros
eletrônicos, também conhecidos como vapers. De acordo com o morador de Manaus,
o pulmão dele foi perfurado após alguns dias intensificando o uso do
dispositivo eletrônico durante uma viagem de férias ao Rio de Janeiro.
Em uma rede social, Allan disse que precisou ficar internado em
um hospital manauara e pediu que seus seguidores – quase 26 mil – avisassem aos
amigos sobre os riscos envolvidos no uso de cigarros eletrônicos.
Três dias na UTI intensiva, graças ao “cigarro eletrônico” onde
perfurou meu pulmãozinho tão lindo, entrando água e o fragilizando e aqui estou
a 8 dias aqui no hospital me recuperando desse pesadelo. Não queira passar o
que passei, foi uma lição de vida, alerte seu amigo. Ame-se
Em entrevista ao jornal O Globo, o rapaz contou que vinha
usando cigarros eletrônicos há cincos meses, mas apenas esporadicamente. Em
férias no Rio de Janeiro, ele passou a fumar todos os dias durante duas
semanas.
“Eu apenas fazia uso em saídas com os amigos, mas como não
estava trabalhando, usei todos os dias, principalmente na praia. Não costumava
tragar, apenas aspirar. Acredito que seja muito importante discutir isso
amplamente porque cada um tem um organismo e existe o risco”, afirmou em
entrevista.
Após 11 dias, o bancário recebeu
alta. A venda de cigarros eletrônicos não é permitida no Brasil. Em 2019, após
uma onda de casos nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de
Doenças dos Estados Unidos criou o nome Evali para designar uma doença
pulmonar associada ao uso do dispositivo.
Pesquisas já mostraram que as bactérias que, naturalmente,
existem no pulmão se tornam mais nocivas causando mais inflamações quando são
expostas ao vapor do cigarro eletrônico. Essa situação pode levar a doenças
como a DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, e asma.