Uma parte dos clubes da Série A julga que será mais
fácil recomeçar os estaduais do que iniciar o Brasileirão. Entretanto, se o
Brasileiro se iniciar em agosto, poderá terminar em janeiro sem problemas.
Mas um argumento de clubes como Palmeiras e São
Paulo é importante: os aeroportos. O Brasil pode conseguir resolver o problema
do coronavírus num pedaço do país e não solucionar em outra região. Pode estar
tudo bem em Salvador e não estar resolvido em São Paulo. Neste caso, não haverá
como se transportar de uma cidade a outra, para disputar as partidas da Série
A.
No fundo, nada será muito simples. Até mesmo os
estaduais. A ideia inicial da Federação Paulista de disputar as seis rodadas
restantes em uma cidade do interior é refutada por times grandes e também pelos
pequenos, como o Santo André, por não ter elenco disponível.
O contraponto dos clubes mineiros é bom. Dizem que
o que é perto no Rio, é longe em Minas Gerais. Sair do Triângulo Mineiro e
chegar a Tombos, terra da Tombense, vice-líder do campeonato, pode levar até
doze horas de ônibus. Sair de Belo Horizonte para enfrentar a Tombense fora de
casa leva nove horas pelas rodovias mineiras.
A esperança da Federação Paulista é fazer a
pré-temporada no início de maio e disputar as finais do estadual até o final de
junho, mas até mesmo os dirigentes de São Paulo sabem que isto pode ser
impossível. A Federação Paulista deve realizar reunião entre os dezesseis
clubes da Série A-1 na próxima quarta-feira, 15.