Rafaela da Silva de Jesus, de 28
anos, que morreu depois de ser infectada pelo novo coronavírus, era professora
de uma escola da rede municipal de ensino em Itaju do Colônia. A jovem lecionava
no município do sul da Bahia e ajudava o marido, na empresa da família, em
Porto Seguro, no extremo sul do estado.
A
vida de Rafaela era muito corrida. Trabalhava nos dias úteis na rede pública de
ensino em Itaju do Colônia e, nos finais de semana e feriados, viaja para o
distrito de Trancoso para ajudar na empresa de turismo do marido Erisvaldo
Lopes dos Santos.
A
professora fez tratamento para fertilização e engravidou de Alice. Na
quarta-feira (1º), sete dias depois do nascimento da primeira filha, Rafaela
Silva não resistiu ao novo coronavírus e morreu em Itapetinga, no sudoeste da
Bahia, onde mora parte da família dela.
Rafaela
e Erisvaldo Lopes viajaram para Itapetinga no dia 16 de março, onde decidiram
que a jovem teria a criança em um hospital particular e receberia os cuidados
dos familiares. Rafaela teve a filha e estava bem, mas cinco dias depois do
parto começou a sentir sintomas como febre e falta de ar.
SUSPEITA DE COMO FOI O CONTÁGIO
O
quadro de saúde da jovem se agravou. Ela foi levada para uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), em Itapetinga, mas por causa do agravamento, seria
transferida para um hospital em Vitória da Conquista, também no sudoeste da
Bahia, mas não houve tempo.
O
marido suspeita que professora contraiu o vírus de um dos convidados de um
casamento com a participação de 280 pessoas em Porto Seguro. A empresa do
empresário foi contratada para o transporte dos convidados. Rafaela da Silva
não trabalhou, mas teria usado o mesmo veículo que o marido.
Além
de perder a esposa no momento que seria um dos mais felizes para a família,
Erisvaldo Lopes vem tendo de enfrentar comentários maldosos nas redes sociais,
mas também tem recebido mensagens de apoio.
Informações do UOL