Pela primeira vez na China, cães e gatos foram excluídos de uma lista oficial que determina os animais comestíveis e que devem estar sujeitos à regulamentação. Agora, eles, cuja carne ainda é consumida por uma minoria da população chinesa, são classificados como animais de estimação, de acordo com um comunicado publicado na quarta-feira (8) pelo Ministério da Agricultura.
A associação americana Human
Society International (Sociedade Humana Internacional, em tradução livre)
estima que 10 milhões de cães são mortos a cada ano na China por sua carne.
Milhares são abatidos durante o festival de carne de cachorro de Yulin, no sul
do país, em condições consideradas cruéis pelos defensores dos animais, pois
são espancados até a morte e até cozidos vivos.
Essa decisão foi tomada após a
proibição do comércio e consumo de animais selvagens em fevereiro. Acredita-se
que o coronavírus tenha se originado em morcegos e pode ter sido transmitido
aos seres humanos por espécies intermediárias à venda nos mercados da cidade de
Wuhan, onde o vírus foi identificado pela primeira vez.
O consumo de cães se tornou cada vez mais impopular na China, e a
cidade de Shenzhen, no Sul, foi a primeira a proibi-lo no mês passado.