Entre
2009 e 2018, os acidentes de trânsito registrados na Bahia fizeram 24.479
vítimas fatais. Desse total, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) informa
que 60% das ocorrências foram com o uso de motocicletas.
Por
isso, o veículo foi tema principal do Simpósio Internacional Trânsito Seguro,
realizado na terça (15/10), na Assembleia Legislativa.
O
secretário Fábio Vilas-Boas explica que a atenção será maior com as motos
porque as ocorrências com os demais veículos deixam menos sequelas. “O
resultado de um acidente de moto costuma ser muito maior do que um acidente de
carro, então nosso objetivo é reduzir a mortalidade e a gravidade deles
inicialmente”.
INTERIOR
Como
exemplo, o secretário disse que, especialmente no interior, se esquece o
capacete e os motociclistas usam sandálias de dedo para pilotar. “Num acidente,
a primeira coisa lesionada é o pé. Com torção, a pessoa fica sequelada para
sempre”.
Vilas-Boas
cita ainda a indumentária do motociclista, “que precisa ser repensada”, e as
irregularidades, como veículos ilegais e motoristas sem habilitação. Diante
desse quadro, a Sesab compreende que é necessário um esforço conjunto entre
diversos órgãos.
INTERNAÇÕES
Considerando
apenas os impactos na área da saúde, os acidentes de trânsito no geral são a
causa de cerca de 40% das internações hospitalares na Bahia. De 2015 para cá, a
Sesab afirma que essas despesas consumiram R$ 50 milhões do Sistema Único de
Saúde (SUS).
