Eleito
deputado estadual e duas vezes prefeito de Itabela, Júnior Dapé formou uma
legião de seguidores intitulados “Dapezeiros”, que idolatravam o mestre
gritando seu nome pelos quatro cantos da cidade.
Tendo a população itabelense como principal
responsável pelas suas conquistas políticas, Júnior Dapé foi eleito deputado
estadual em 1998. Seis anos depois, assumiu o executivo de Itabela, onde
realizou um trabalho aprovado por muitos. Com isso, o grupo “Dapezeiro” foi se
fortalecendo e ganhando novos membros.
No entanto, o grupo estremeceu diante da
derrota de Júnior Dapé por apenas oito votos para Caribé, que venceu a eleição
de 2008. Mesmo sem a “coroa”, os “Dapezeiros” se mantiveram subordinados ao
“rei”.
Em 2012, Junior Dapé voltou ao cenário
político da cidade e venceu as eleições para prefeito. O que não se esperava
era que o gestor fizesse um segundo mandato marcado pelo descaso em vários
setores da administração pública. Nessa época, os “Dapezeiros” foram
massacrados pela oposição devido à má gestão do chefe.
Como Junior Dapé não se candidatou para
prefeito nas eleições de 2016, os “Dapezeiros” ficaram órfãos de um
representante e buscaram integrar outros grupos políticos que se formavam na
cidade. Mas, o apito final veio com a reprovação das contas do ex-prefeito
referente ao exercício de 2015, pela câmara de vereadores, cujo resultado o
tornará inelegível pelos próximos oito anos.
Agora, o que muitos questionam é: o
ex-prefeito pode retornar ao cenário político Itabela, como a fênix, que
ressurge das cinzas ou será o fim da era “Dapezeiro”?
Coluna
de Olho no Poder / Bahia Dia a Dia