O Ministério Público Eleitoral na Bahia instaurou procedimento
administrativo na última quarta-feira (16) para apurar informações sobre
candidatas que tiveram votos zerados nas últimas eleições na Bahia. A intenção
é responsabilizar os partidos que usaram “candidatas laranjas” para driblar a
legislação eleitoral.
De acordo com o procurador regional eleitoral
Ruy Mello (foto), que instaurou a investigação, candidaturas fictícias de mulheres
podem ser uma tentativa de burlar a cota exigida pela legislação para promover
o aumento da participação feminina na política. Segundo a Lei das Eleições, no
mínimo 30% das candidatas devem ser mulheres. Conforme levantamentos do
Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA),a Bahia teve o maior número de
candidatas às câmaras municipais com votação zerada do país: 2.244.
Em Eunápolis, uma empregada doméstica entrou em contato
por telefone com a redação do TRABUCO NOTÍCIAS, alegando que assinou vários
documentos, sem ter ciência do que se tratava, e dias depois ficou sabendo que
deveria ir à uma agência bancária da cidade, para abrir uma conta bancária.
A
partir daí ficou sabendo que disputaria uma cadeira no Poder Legislativo
eunapolitano. Ela, inicialmente pretendia denunciar seus patrões, mas depois
resolveu pedir votos nas redes sociais.
Por
Trabuco Notícias