Guerra entre PCC e CV pode chegar às ruas, diz promotor


As duas maiores facções criminosas do Brasil, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), estão em guerra. O confronto, por ora, está restrito a presídios. Mas, segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) de Presidente Prudente (SP), a carnificina pode extrapolar para as ruas das principais cidades do país.

Gakiya é o autor da principal denúncia já apresentada à Justiça contra o PCC. Considerado um dos principais especialistas na facção, ele afirma que a razão para o conflito pode estar centrada na disputa pelo controle de prisões em regiões em que o grupo paulista ainda não domina. Segundo documentos apreendidos, a facção justifica os ataques por uma suposta traição do Comando Vermelho nesses estados.

Na última semana, o confronto entre os dois grupos em presídios nas regiões Norte e Nordeste deixaram ao menos 21 mortos. De acordo com o governo do Acre, onde três detentos foram mortos na quinta-feira, 20, a ação é nacional e todas as unidades da federação estão em alerta. Na segunda, 17, oito presos foram assassinados em Rondônia durante uma rebelião e, no domingo, 16, outros 10 em um presídio de Roraima. Houve ainda registros de rebeliões no Ceará com a mesma motivação.